A greve dos professores de Presidente Dutra se iniciou no dia 16 de outubro deste ano devido a inércia da gestão municipal em não responder ou atender o pleito da categoria que é a correção salarial de 7,64% (sete vírgula sessenta e quatro por cento) de reajuste do piso salarial nacional ou pelo menos repassar a correção salarial baseada no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) que registrou 6,29% em 2016.
A greve de forma parcial cumprindo 40% da jornada em sala de aula completa um mês neste dia 16 de novembro sem nenhum aceno do governo municipal para cessar o movimento, pelo contrário, vemos ações que violam o direito dos grevistas substituindo professores de carreira por acadêmicos do ensino médio. Com tantas denúncias contundentes na mesa do promotor que violam às leis e o direito dos professores, no mínimo, caberia uma ação de improbidade administrativa contra o prefeito com obrigação de devolver para a conta do FUNDEB uma cifra milionária. Somente de janeiro a outubro são mais de três milhões do recurso do FUNDEB 60 foram usados para pagar a quem não faz jus pela referida lei, isso sem mencionar as gratificações pagas aos que recebem pelo fundo e estão em desvio de função prestando serviço (ou nenhum serviço) em outras áreas que não são a educação. Esperamos que o ministério público apure com rapidez e rigor as denúncias apresentadas na folha de pagamento do FUNDEB, no cumprimento do calendário escolar e carga horária de acordo com a LDB e com relação a formação dos professores que estão ministrando aulas tanto em substituição aos grevistas quanto contratados desde o início. Na última reunião ocorrida dia 09 de novembro na promotoria, o representante do ministério público disse que ajudaria a resolver a questão da greve.
Achamos necessário expor tudo isso acima para que entendam um pouco desta greve que completa um mês sem falar nos antecedentes a ela.
Para justificar o título desta matéria destacamos que cerca de dez professores que estavam dando suas aulas normalmente, procuraram a direção o SINTESPEM e declararam adesão à greve. Essa luta é justa. Acreditamos que mais professores acordarão do sono profundo e entenderão que não pode conquistar vitória dormindo e sonhando que os anjos do céu irão vencer o prefeito sem que eles (professores) não tiverem dado suor, lágrimas, energia e força para vencer.
